Elas são grandes eventos de expulsão ou projeção de matéria da atmosfera solar que acontecem nas regiões de pequenas manchinhas que aparecem na fotosfera do sol, as famosas manchas solares. 

Já é bem conhecido dos astrônomos que essas manchas e, portanto, as explosões solares ocorrem em ciclos de aproximadamente onze anos, quando a quantidade de manchas se torna máxima, e podem chegar a afetar a gente, principalmente os satélites de comunicação e os sistemas de orientação. Elas também estão por trás de fenômenos lindos, como a Aurora Boreal.
 
Agora mesmo nós estamos vivendo um desses períodos de máximo de atividade e podemos esperar o aparecimento desse tipo de fenômeno. Cada explosão emite uma quantidade enorme de radiação em minutos e boa parte dessa radiação, principalmente a emitida na origem dos eventos, não consegue ser medida ou estudada, o que torna nosso conhecimento sobre o fenômeno muito limitado. Pensando nisso, pesquisadores Universidade Presbiteriana Mackenzie em colaboração com pesquisadores da Unicamp construíram o Solar-T, o primeiro telescópio brasileiro a medir a radiação emitida pelo Sol durante as explosões solares na frequência dos tera-hertzs, nunca antes utilizada na Astrofísica.
 
Os pesquisadores esperam utilizar o Solar-T em conjunto com o Telescópio Solar para Ondas Submilimétricas (SST), nos Andes, e assim finalmente conseguir entender melhor como se formam esses eventos e como se dá a produção da grande quantidade de energia que é liberada. O projeto foi financiado pela FAPESP e a previsão é que o telescópio faça seu primeiro teste a bordo de um avião na Antártica no segundo semestre de 2015.
 
– Carolina Assis, astrônoma do Museu Ciência e Vida.
 
“Para aprender mais sobre astronomia, o Museu Ciência e Vida oferece Sessões de Planetário. Para agendamento escolar, ligue para 2671-7797. Temos sessões abertas ao público também aos sábados e domingo, às 14h e 15h.”